1. Momento Certo. Será que faz sentido tentar iniciar algum tipo de comunicação com o seu filho, quando está zangado e irritado? Quais os benefícios de uma conversa, iniciada entre acusações e gritos? Muitas vezes, esperar quinze minutos ou um dia, revela-se bastante produtivo.
No momento de uma discussão, afaste-se do local onde se encontra com o seu filho. Só quando se sentir calmo, poderá iniciar uma conversa de forma ponderada e menos emotiva.
2. Emoções dos Pais. É fundamental que ambas as partes, pai e filho, conheçam e respeitem os sentimentos e emoções de cada um. Sentiu-se frustrado com alguma atitude do seu filho? Então, deve dizê-lo claramente, sem rodeios, mas de forma assertiva, evitando tom acusador e agressivo. Deste modo, estará a promover o desenvolvimento do respeito pelo outro, assertividade, empatia e capacidade de escuta ativa.
3. Emoções dos Filhos. Numa comunicação eficaz, os filhos devem poder expressar os seus sentimentos e emoções sem receio dos pais. Prepare-se para aceitar os sentimentos do seu filho, mesmo que sejam difíceis de tolerar. Assim estará a estimular a noção de verdade, a resistência à frustração e a comunicação interpessoal e intrapessoal.
Emoções como: frustração, medo, revolta, tristeza, raiva...devem ser abordados como sendo perfeitamente naturais. Lembre-se: não são os sentimentos que são errados, mas sim alguns comportamentos, resultantes da desadequada gestão das emoções.
4. Estratégias. Parou tudo! Quando se falam em estratégias, por vezes nós adultos costumamos complicar um pouco as coisas. Elaboramos mil e uma estratégias, mas muitas vezes esquecemos-nos do essencial. Procure ser objetivo, criativo e simples. Por vezes, um lanche num local tranquilo, repleto de boas recordações, poderá ser o ponto de partida fundamental para abordar temas complexos e difíceis, quer para os pais, quer para os filhos.
5. Negociação. Quando está numa reunião de trabalho, sente-se satisfeito quando lhe impõem algo que não concorda? Negociar, não significa ceder! Significa encontrar um ponto de equilíbrio entre si e o seu filho, nunca descredibilizando o seu papel de adulto e a importância do cumprimento de regras.
6. Resultados. Vamos refletir: nós mantemos as mesmas atitudes desde há 5 anos? Pois é, todos os dias, resultado das nossas experiências, vivências e relações, evoluímos e modificamos comportamentos. Deste modo, nós adultos devemos aceitar como natural a necessidade de criar estratégias diferentes tendo em conta a faixa etária dos filhos, ou o estado emocional em determinada fase do seu crescimento.
Mara Guerreiro
Psicóloga Clínica